quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cães Selvagens Brasileiros

Lobo Guará



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Género: Chrysocyon
Espécie: C. brachyurus

O lobo-guará (do tupi agoa'rá, "pêlo de penugem";nome científico: Chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo nativo da América do Sul. A sua distribuição geográfica estende-se pelo sul do Brasil, Paraguai, Peru e Bolívia a leste dos Andes, estando extinto no Uruguai e talvez na Argentina, e é considerado uma espécie ameaçada. O Brasil abriga o maior número de animais; dos cerca de 25.000 indivíduos da espécie, cerca de 22.000 estão em território brasileiro.Os biomas de sua ocorrência no Brasil são: Cerrado, Pantanal, Campos do Sul, parte da Caatinga e Mata Atlântica.
A espécie não está diretamente ligada a nenhum outro gênero de canídeos e aparentemente é uma relíquia da fauna plistocênica da América do Sul, que desapareceu na maioria após a formação do Istmo do Panamá.

Características

O lobo-guará mede cerca de 1 metro e 30 no ombro e pesa entre 20 e 25 kg. A sua pelagem característica é avermelhada por todo o corpo, exceto no pescoço,lombo, patas e ponta da cauda que são de cor preta,podendo na ponta da cauda,das orelhas e do papo ser da cor branca. Ao contrário dos lobos, esta espécie não forma alcatéias e tem hábitos solitários, juntando-se apenas em casais durante a época de reprodução.

Riscos de Extinção

Embora não se enquadre na categoria crítica da IUCN, corre alto risco de extinção na natureza a médio prazo, em função do declínio populacional e da extrema fragmentação da área de ocupação. O tamanho populacional está se reduzindo, com probabilidade de extinção na natureza em 100 anos. As principais ameaças ao lobo-guará vêm da conversão de terras para agricultura, do fato de ser suscetível a doenças de cães domésticos, que competem com eles por alimento, e de acidentes como atropelamentos em estradas.



Cachorro Vinagre



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Género:  Speothos
Espécie: S. venaticus

O cachorro-vinagre ou cachorro-do-mato (Speothos venaticus) é um canídeo nativo da América do Sul, que habita as florestas e pantanais entre o Panamá e o norte da Argentina. São animais semi-aquáticos que conseguem nadar e mergulhar com grande facilidade. A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais - IUCN lista a espécie como quase ameaçada, devido ao isolamento e esparsa densidade das suas populações e à destruição do seu habitat.
O cachorro-vinagre é um canídeo de pequeno porte, com cerca de 30 centímetros de altura, 60 de comprimento e 5 a 7 kg de peso. A pelagem é avermelhada e a cauda relativamente curta é castanha. A cabeça tem um formato quadrado, com orelhas pequenas, e as patas são curtas. Os dedos do cachorro-vinagre estão ligados por membranas interdigitais que facilitam a sua natação.
As principais presas destes animais são roedores de grande porte como cutias, pacas e capivaras, mas também consomem aves, anfíbios e pequenos répteis. Os cachorros-vinagre são animais gregários que vivem e caçam em bandos de até dez indivíduos. A estrutura social dos grupos é fortemente hierarquizada tal como nos lobos-cinzentos e os membros do grupo comunicam entre si através de latidos. Os seus hábitos são diurnos e de noite recolhem-se para dormir em tocas ou cavidades nas árvores.
O grupo é formado por vários casais monogâmicos e pelas crias do par dominante. Como o cão doméstico, o cachorro-vinagre tem dois períodos de cio por ano, que variam ao longo do ano conforme o sítio onde vivem. A gestação dura em média 67 dias e resulta em ninhadas de 4 a 6 crias, que nascem em tocas e são alimentadas pelos adultos até aos cinco meses. A maturidade sexual é atingida aos 12 meses e a esperança de vida média é de 10 anos.
A espécie foi descrita pela primeira vez em 1842, a partir de fósseis encontrados em cavernas no Brasil e só depois se descobriram os animais vivos. O cachorro-vinagre nunca foi caçado por interesse económico e é sabido que algumas tribos de nativos brasileiros conservam-nos como animais de estimação.



Raposa do Campo



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Género: Pseudalopex
Espécie: P. vetulus

Raposa-do-campo, raposinha-do-campo, cachorro-de-dentes-pequenos ou jaguapitanga (Pseudalopex vetulus) é um canídeo nativo do Brasil, que habita os campos e cerrados do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. A raposa-do-campo é classificada às vezes como Lycalopex vetulus.
É mais ativa à noite, mas também sai de sua toca durante o dia. Os animais dessa espécie vivem sozinhos. O corpo tem 60 centímetros e a cauda mede 30 centímetros. É carnívora e caça aves, pequenos roedores e insetos (gafanhotos).
A fêmea escolhe um local protegido, geralmente uma toca abandonada ou um buraco em um cupinzeiro. Após dois meses de gestação, dá à luz 4 ou 5 filhotes e torna-se muito feroz quando precisa defender a prole.
É um animal muito atento e percebe tudo o que ocorre ao seu redor. A visão, a audição e o olfato são bastante desenvolvidos. É um dos menores cachorros selvagens brasileiros, com uma massa de cerca de 4 kg, e encontra-se em quase todo seu território. A cor de sua pele é cinzento-escura, com a barriga amarelada e a ponta da cauda negra. Tem o costume de atacar galinheiros e rondar casas e acampamentos em busca de comida.
A raposa tem muita influência na cultura brasileira e está presente em algumas histórias infantis. No futebol, a raposa é símbolo de um dos maiores clubes de futebol do Brasil, o Cruzeiro Esporte Clube, que utiliza a figura da mesma como mascote.

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