quarta-feira, 27 de outubro de 2010

História Evolutiva dos Mamíferos

Restauração do Thrinaxodon, um membro do grupo
cinodonte que incluia os ancestrais dos mamíferos.

A evolução dos mamíferos a partir dos sinapsídeos (mamíferos semelhantes a "répteis") foi um processo gradual que levou aproximadamente 70 milhões de anos, do médio Permiano ao médio Jurássico. Na metade do Triássico, havia muitas espécies que se pareciam com mamíferos, e apenas no início do Jurássico aparecem os primeiros mamíferos verdadeiros. O primeiro marsupial conhecido, o Sinodelphys, apareceu há 125 milhões de anos, no início do Cretáceo; mais ou menos na mesma época se desenvolvem os Eutheria, e dois milhões de anos mais tarde surgiram os primeiros Monotremos. Na maciça extinção do Cretáceo-Terciário desaparecem os dinossauros, restando as formas aviárias, e os mamíferos iniciam um processo de diversificação e ocupação dos nichos ecológicos vagos, até que no fim do Terciário todas as ordens modernas já se haviam estabelecido.
Do ponto de vista da nomenclatura filogênica, os mamíferos são os únicos sinapsídeos sobreviventes, uma linhagem que se distinguiu dos sauropsídeos, os répteis, no fim do Carbonífero, tornando-se os maiores e mais comuns vertebrados do período Permiano.O desenvolvimento de algumas características típicas dos mamíferos, como a endotermia, os pelos e o cérebro maior, pode ter sido estimulado pelo predomínio anterior dos dinossauros, que ocupavam os nichos ecologicos diurnos e forçaram os mamaliformes para os nichos noturnos.
As evidências dessa evolução se encontram principalmente nos fósseis. Durante um bom tempo fósseis dos mamíferos mesozóicos e seus antecessores imediatos eram escassos e fragmentários, mas o estudo se aprofundou quando na década de 1990 foram encontrados diversos achados importantes, especialmente na China. As novas técnicas científicas como a filogenética molecular também deram contribuição significativa, esclarecendo e fixando pontos de divergência evolutiva que levaram ao surgimento de espécies modernas. Embora as glândulas mamárias sejam a assinatura nos mamíferos modernos, pouco se conhece sobre sua evolução e sobre o processo de lactação, e menos ainda sobre o desenvolvimento do neocórtex, outro traço distintivo desse grupo. O estudo sobre a evolução dos mamíferos se concentra atualmente no desenvolvimento dos ossos médios do ouvido a partir da articulação da mandíbula dos ancestrais amniotas, junto com a análise da evolução da postura ereta dos membros, do palato secundário, do pelo e do sangue quente.

Definição de "mamífero"

Mandíbulas mamíferas e não mamíferas.
 Na configuração mamífera,
os ossos quadratum e articular são muito menores
 e fazem parte do ouvido médio.
Note que nos mamíferos a mandíbula inferior
consiste apenas do osso dentário.
As espécies de mamíferos atuais podem ser identificadas pela presença nas fêmeas de glândulas mamárias que produzem leite.
Outras características são necessárias para classificar os fósseis, já que as glândulas mamárias e outros tecidos macios não estão disponíveis.
Os paleontólogos então usam uma característica distintiva que é compartilhada por todos os mamíferos viventes (inclusive os monotremados), mas que não está presente em qualquer dos primeiros terapsídeos triássicos ("mamíferos semelhantes a répteis"): os mamíferos usam dois ossos para ouvir que todos os outros amniotas usam para comer. Os mais antigos amniotas tinham a articulação da mandíbula composta pelo osso articular (um pequeno osso na parte posterior da mandíbula inferior) e pelo osso quadratum (um pequeno osso na parte posterior da mandíbula superior). Todos os não mamíferos amniotas usam este sistema, inclusive os lagartos, os crocodilianos, os dinossauros (e seus descendentes, as aves) e os terapsídeos. Mas os mamíferos têm uma articulação da mandíbula diferente, composta apenas pelo osso da mandíbula inferior que carrega os dentes e pelo esquamosal (outro pequeno osso do crânio). E nos mamíferos, os ossos articular e quadratum se tornaram os ossos bigorna e martelo no ouvido médio.
Os mamíferos também possuem um par de côndilos occipitais - eles têm duas saliências na base do crânio que encaixam na vértebra superior do pescoço, enquanto os outros vertebrados possuem apenas um côndilo occipital.Mas os paleontólogos usam apenas a articulação da mandíbula e o ouvido médio como critérios para identificação de fósseis mamíferos, porque seria confuso se eles encontrassem um fóssil que possuísse uma característica, mas não a outra (por exemplo, uma mandíbula e um ouvido mamíferos, mas um côndilo occipital não-mamífero).
Devido às mudanças incrementadas nos fósseis transicionais, afirma-se
Nós talvez façamos novamente a pergunta: "O que é um mamífero?" Onde nós estipulamos o limite entre réptil e mamífero não tem importância biológica. É puramente uma questão de conveniência. Há duas escolhas óbvias, e ambas imediatamente seguem um período de rápida evolução que torna definitiva a quebra que nós esperamos encontrar.

Os ancestrais dos mamíferos

Aqui, uma "árvore genealógica" bastante simplificada. O texto abaixo descreve algumas das incertezas e áreas de debate. 



2 comentários:

  1. Copiou e colou do wikipedia que está muito mais completo. Dê ao menos a referência de onde você tirou as informações.

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