quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Felinos Brasileiros

Jaguatirica



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Género: Leopardus
Espécie: L. pardalis




Jaguatirica, ocelote ou gato-do-mato é um felino cujo nome científico é Leopardus pardalis ou Felis pardalis, originariamente encontrado na Mata Atlântica e outras matas brasileiras. Distribuída por toda a América Latina, é encontrada também no sul dos Estados Unidos. De hábitos noturnos, passa a maior parte do dia dormindo nos galhos das árvores ou escondido entre a vegetação. Vivem aos pares, o que é raro entre os felinos.
As fêmeas têm de um a quatro filhotes a cada gestação. Supõe-se que se reproduzem a cada dois anos. O período de gestação varia de 70 a 95 dias. As fêmeas chegam à idade adulta em um ano e meio, os machos aos dois anos. Em cativeiro estima-se que viva cerca de 20 anos, é possível que viva menos na natureza.
Alimenta-se de mamíferos pequenos e médios, como roedores, macacos, morcegos e outros. Come também lagartos, cobras e ovos de tartarugas. Caça aves, e alguns são bons pescadores. A jaguatirica mede entre 65 cm e um metro de comprimento, fora a cauda, que pode chegar a 45 cm. Pesa entre 8 e 16 kg. Também é chamado onça-pintada, no entanto a onça (Panthera onca) é maior, podendo atingir 2,10m.
No Brasil, ocorre na Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal e Caatinga.
Seu status é considerado pouco preocupante pela IUCN (2002) e em perigo pela USDI (1980), apêndice 1 da CITES. Está desaparecendo pela ação dos caçadores que querem sua linda pele. O mercado negro é alimentado pelo costume adoptado em muitos países de transformá-lo em animal exótico e de estimação.


Suçuarana



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Género: Puma
Espécie: P. concolor



A suçuarana (Puma concolor, anteriormente Felis concolor) também chamada de puma, cougar, jaguaruna, leão-baio, onça-parda, onça-vermelha e leão-da-montanha, é um mamífero da família felídeos nativo das Américas. Este felino grande e solitário tem a maior escala de distribuição do que qualquer outro mamífero selvagem no hemisfério ocidental, estendendo-se de Yukon no Canadá ao Andes sulinos da América do Sul. Uma espécie adaptável, a suçuarana é encontrada em qualquer região e tipo de habitat do Novo Mundo. É o segundo felino mais pesado do Novo Mundo, depois da onça-pintada, e o quarto mais pesado do mundo, depois do tigre, leão e onça-pintada, embora seja mais frequentemente relacionada aos pequenos felinos. Alguns cientistas consideram a suçuarana e guepardo como parentes próximos.
Um hábil predador espreiteiro-emboscador, a suçuarana possui uma variedade de presas. As fontes alimentares primárias incluem ungulados como cervos e ovelhas, bem como gado doméstico, cavalos, e ovelhas, em particular na parte do norte da sua espécie, mas também caça espécie tão pequena como insetos e roedores. Prefere habitats com vegetação rasteira densa e áreas rochosas de atacar à espreita, mas ele pode viver em áreas abertas. Suçuaranas são conhecidos por matarem pelo menos um cervo adulto por semana; Porém, em clima quente, diferentemente dos ursos, não ingerem restos de carne de outras caças.
A suçuarana é territorial e persiste em densidades demográficas baixas. Os tamanhos dos territórios individuais dependem do terreno, vegetação, e abundância de presas. Embora seja um grande predador, nem sempre é a espécie dominante na sua variedade, como quando ele compete pela rapina com animais como o lobo cinzento. É um animal recluso e normalmente evita pessoas. Os ataques em seres humanos permanecem raros, apesar de um aumento recente na frequência.
Com a sua vasta variedade, a suçuarana tem dúzias de nomes em e várias referências na mitologia dos povos indígenas das Américas e na cultura contemporânea.


Jaguarundi



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Género: Herpailurus ou Puma ou Felis
Espécie:Herpailurus yaguarondi ou Puma yaguarondi ou Felis yaguarondi



O Jaguarundi (ver três nomes binominais possíveis) é um mamífero da família dos felídeos, encontrado dos E.U.A. ao Norte da Argentina. Possui cerca de 60 cm de comprimento de corpo, 45 de cauda e pesa 6 kg. Tem orelhas e pernas curtas e pelagem de coloração marrom pardacenta uniforme, salpicada com pontinhos mais claros na maior parte do corpo (a ponta dos pêlos é de cor mais clara), havendo muita variação individual. Também é conhecido pelos nomes de eirá, gato-mourisco, gato-preto e maracajá-preto. O jaguarundi tem o hábito de viver em bordas de banhados, beira de rios ou de lagos, sendo também encontrado em lugares secos, com vegetação aberta. Sua alimentação pode ser tanto de mamíferos como de aves, porém dando preferência a presas de grande porte. Também é encontrado no Brasil.

Gato dos Pampas



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Género: Leopardus
Espécie: L. colocolo


O Gato-dos-pampas (Leopardus colocolo), também conhecido pelo nome de gato-palheiro, é um mamífero da família dos felídeos, encontrado do Peru à Argentina e também no Brasil, especialmente em áreas abertas, providas de capins altos. É um felino de pequeno porte, mede de 60 cm a 1 metro e pesa de 1,7 a 6,4 kg, e se assemelha ao gato doméstico. Possui pelagem que varia do marrom-ferrugem ao cinza-alaranjado bem longa, principalmente na linha dorsal e pode eriçar-se durante certas reações do animal, parda, com bandas transversais amarelas ou marrons, que se estendem do dorso aos flancos, e cauda curta de pelagem espessa, com anéis escuros. Os membros possuem partes negras, e as orelhas são grandes e pontiagudas.
De hábitos crepusculares e noturnos, sobem árvores com facilidade e costumam fazem ninhos na copa de pinheiros araucária. A gestação dura 80 dias e número de filhotes por cria geralmente, é de dois a três. Alimenta-se de pequenos roedores e aves terrestres. Está ameaçado por causa da caça para o comércio de peles, tráfico de animais silvestres e destruição de seu habitat.

Onça-Pintada



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Género: Panthera
Espécie: P. onca

A onça-pintada (Panthera onca), onça, jaguar ou jaguaretê é um mamífero da ordem dos carnívoros, membro da família dos felídeos, encontrada nas regiões quentes e temperadas do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. É um símbolo da fauna brasileira. Os vocábulos "jaguar" e "jaguaretê" têm origem no termo guarani jaguarete. Na mitologia maia, apesar ter sido cotada como um animal sagrado, era caçada em cerimônias de iniciação dos homens como guerreiros.
A onça-pintada se parece muito, à primeira vista, com o leopardo. Um exame mais detalhado mostra, contudo, que sua padronagem de pelo apresenta diferenças significativas. Enquanto o leopardo apresenta rosetas menores mas em maior quantidade, as manchas da onça são mais dispersas e desenham uma roseta maior, algumas delas com pontos pretos no meio. O interior dessas manchas é de um dourado/amarelo mais escuro que o restante da pelagem. Existem também alguns indivíduos melânicos, as chamadas onças-pretas. Elas não pertencem a uma outra espécie, e suas manchas ainda são facilmente reconhecíveis na pelagem escura; trata-se apenas de uma mutação genética na qual os indivíduos produzem mais melanina do que o normal, o que provoca um maior escurecimento da pelagem desses animais.
A cabeça da onça é proporcionalmente maior em relação ao corpo. Um exemplar adulto alcança até 2,60 m de comprimento, chegando a pesar em torno de 115 kg, embora, em média, os machos pesam 90 kg e as fêmeas 75 kg. A altura da cernelha é de aproximadamente 70 cm, sendo o maior felino das Américas.
A onça pintada é o maior mamífero carnívoro do Brasil, e necessita de pelo menos 2 kg de alimento por dia, o que determina a ocupação de um território de 25 a 80 km² por indivíduo a fim de possibilitar capturar uma grande variedade de presas.
A onça seleciona naturalmente as presas mais fáceis de serem abatidas, em geral indivíduos inexperientes, doentes ou mais velhos, o que pode resultar como benefício para a própria população de presas.
Apesar de ser tão temida, foge da presença humana e mesmo nas histórias mais antigas, são raros os casos de ataque ao ser humano. Como necessita de um amplo território para sobreviver, pode "invadir" fazendas em busca de animais domésticos, despertando, assim, a ira dos fazendeiros que a matam sem piedade. Por esse motivo, e sobretudo pela rápida redução de seu habitat, esse felídeo, naturalmente raro, ainda encontra-se a beira da extinção no Brasil.
A onça-pintada é uma excelente caçadora. As patas curtas não lhe permitem longas corridas, porém lhe proporcionam grande força, fundamental para dominar animais possantes como antas, capivaras, queixadas, tamanduás, jacarés etc. Ocasionalmente esses felinos atacam e devoram grandes serpentes (jiboias e sucuris), em situações extremas. Na Venezuela foram registrados casos de onças a devorar sucuris adultas. Enquanto os outros grandes felinos matam suas vítimas, mordendo-as no pescoço, a onça o faz atacando-as diretamente na cervical, graças a suas mandíbulas poderosas, as mais fortes de todos os felinos e a segunda mais forte entre os carnívoros terrestres. Esses felinos frequentemente matam animais como a capivara e pequenos macacos mordendo lhes o crânio, sendo o único felino a fazer isto. A mordida de uma onça pode facilmente atravessar o casco de uma tartaruga. Apesar disso, a onça não se furta em comer pequenos animais se a chance lhe aparece.




Cães Selvagens Brasileiros

Lobo Guará



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Género: Chrysocyon
Espécie: C. brachyurus

O lobo-guará (do tupi agoa'rá, "pêlo de penugem";nome científico: Chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo nativo da América do Sul. A sua distribuição geográfica estende-se pelo sul do Brasil, Paraguai, Peru e Bolívia a leste dos Andes, estando extinto no Uruguai e talvez na Argentina, e é considerado uma espécie ameaçada. O Brasil abriga o maior número de animais; dos cerca de 25.000 indivíduos da espécie, cerca de 22.000 estão em território brasileiro.Os biomas de sua ocorrência no Brasil são: Cerrado, Pantanal, Campos do Sul, parte da Caatinga e Mata Atlântica.
A espécie não está diretamente ligada a nenhum outro gênero de canídeos e aparentemente é uma relíquia da fauna plistocênica da América do Sul, que desapareceu na maioria após a formação do Istmo do Panamá.

Características

O lobo-guará mede cerca de 1 metro e 30 no ombro e pesa entre 20 e 25 kg. A sua pelagem característica é avermelhada por todo o corpo, exceto no pescoço,lombo, patas e ponta da cauda que são de cor preta,podendo na ponta da cauda,das orelhas e do papo ser da cor branca. Ao contrário dos lobos, esta espécie não forma alcatéias e tem hábitos solitários, juntando-se apenas em casais durante a época de reprodução.

Riscos de Extinção

Embora não se enquadre na categoria crítica da IUCN, corre alto risco de extinção na natureza a médio prazo, em função do declínio populacional e da extrema fragmentação da área de ocupação. O tamanho populacional está se reduzindo, com probabilidade de extinção na natureza em 100 anos. As principais ameaças ao lobo-guará vêm da conversão de terras para agricultura, do fato de ser suscetível a doenças de cães domésticos, que competem com eles por alimento, e de acidentes como atropelamentos em estradas.



Cachorro Vinagre



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Género:  Speothos
Espécie: S. venaticus

O cachorro-vinagre ou cachorro-do-mato (Speothos venaticus) é um canídeo nativo da América do Sul, que habita as florestas e pantanais entre o Panamá e o norte da Argentina. São animais semi-aquáticos que conseguem nadar e mergulhar com grande facilidade. A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais - IUCN lista a espécie como quase ameaçada, devido ao isolamento e esparsa densidade das suas populações e à destruição do seu habitat.
O cachorro-vinagre é um canídeo de pequeno porte, com cerca de 30 centímetros de altura, 60 de comprimento e 5 a 7 kg de peso. A pelagem é avermelhada e a cauda relativamente curta é castanha. A cabeça tem um formato quadrado, com orelhas pequenas, e as patas são curtas. Os dedos do cachorro-vinagre estão ligados por membranas interdigitais que facilitam a sua natação.
As principais presas destes animais são roedores de grande porte como cutias, pacas e capivaras, mas também consomem aves, anfíbios e pequenos répteis. Os cachorros-vinagre são animais gregários que vivem e caçam em bandos de até dez indivíduos. A estrutura social dos grupos é fortemente hierarquizada tal como nos lobos-cinzentos e os membros do grupo comunicam entre si através de latidos. Os seus hábitos são diurnos e de noite recolhem-se para dormir em tocas ou cavidades nas árvores.
O grupo é formado por vários casais monogâmicos e pelas crias do par dominante. Como o cão doméstico, o cachorro-vinagre tem dois períodos de cio por ano, que variam ao longo do ano conforme o sítio onde vivem. A gestação dura em média 67 dias e resulta em ninhadas de 4 a 6 crias, que nascem em tocas e são alimentadas pelos adultos até aos cinco meses. A maturidade sexual é atingida aos 12 meses e a esperança de vida média é de 10 anos.
A espécie foi descrita pela primeira vez em 1842, a partir de fósseis encontrados em cavernas no Brasil e só depois se descobriram os animais vivos. O cachorro-vinagre nunca foi caçado por interesse económico e é sabido que algumas tribos de nativos brasileiros conservam-nos como animais de estimação.



Raposa do Campo



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Género: Pseudalopex
Espécie: P. vetulus

Raposa-do-campo, raposinha-do-campo, cachorro-de-dentes-pequenos ou jaguapitanga (Pseudalopex vetulus) é um canídeo nativo do Brasil, que habita os campos e cerrados do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. A raposa-do-campo é classificada às vezes como Lycalopex vetulus.
É mais ativa à noite, mas também sai de sua toca durante o dia. Os animais dessa espécie vivem sozinhos. O corpo tem 60 centímetros e a cauda mede 30 centímetros. É carnívora e caça aves, pequenos roedores e insetos (gafanhotos).
A fêmea escolhe um local protegido, geralmente uma toca abandonada ou um buraco em um cupinzeiro. Após dois meses de gestação, dá à luz 4 ou 5 filhotes e torna-se muito feroz quando precisa defender a prole.
É um animal muito atento e percebe tudo o que ocorre ao seu redor. A visão, a audição e o olfato são bastante desenvolvidos. É um dos menores cachorros selvagens brasileiros, com uma massa de cerca de 4 kg, e encontra-se em quase todo seu território. A cor de sua pele é cinzento-escura, com a barriga amarelada e a ponta da cauda negra. Tem o costume de atacar galinheiros e rondar casas e acampamentos em busca de comida.
A raposa tem muita influência na cultura brasileira e está presente em algumas histórias infantis. No futebol, a raposa é símbolo de um dos maiores clubes de futebol do Brasil, o Cruzeiro Esporte Clube, que utiliza a figura da mesma como mascote.

História Evolutiva dos Mamíferos

Restauração do Thrinaxodon, um membro do grupo
cinodonte que incluia os ancestrais dos mamíferos.

A evolução dos mamíferos a partir dos sinapsídeos (mamíferos semelhantes a "répteis") foi um processo gradual que levou aproximadamente 70 milhões de anos, do médio Permiano ao médio Jurássico. Na metade do Triássico, havia muitas espécies que se pareciam com mamíferos, e apenas no início do Jurássico aparecem os primeiros mamíferos verdadeiros. O primeiro marsupial conhecido, o Sinodelphys, apareceu há 125 milhões de anos, no início do Cretáceo; mais ou menos na mesma época se desenvolvem os Eutheria, e dois milhões de anos mais tarde surgiram os primeiros Monotremos. Na maciça extinção do Cretáceo-Terciário desaparecem os dinossauros, restando as formas aviárias, e os mamíferos iniciam um processo de diversificação e ocupação dos nichos ecológicos vagos, até que no fim do Terciário todas as ordens modernas já se haviam estabelecido.
Do ponto de vista da nomenclatura filogênica, os mamíferos são os únicos sinapsídeos sobreviventes, uma linhagem que se distinguiu dos sauropsídeos, os répteis, no fim do Carbonífero, tornando-se os maiores e mais comuns vertebrados do período Permiano.O desenvolvimento de algumas características típicas dos mamíferos, como a endotermia, os pelos e o cérebro maior, pode ter sido estimulado pelo predomínio anterior dos dinossauros, que ocupavam os nichos ecologicos diurnos e forçaram os mamaliformes para os nichos noturnos.
As evidências dessa evolução se encontram principalmente nos fósseis. Durante um bom tempo fósseis dos mamíferos mesozóicos e seus antecessores imediatos eram escassos e fragmentários, mas o estudo se aprofundou quando na década de 1990 foram encontrados diversos achados importantes, especialmente na China. As novas técnicas científicas como a filogenética molecular também deram contribuição significativa, esclarecendo e fixando pontos de divergência evolutiva que levaram ao surgimento de espécies modernas. Embora as glândulas mamárias sejam a assinatura nos mamíferos modernos, pouco se conhece sobre sua evolução e sobre o processo de lactação, e menos ainda sobre o desenvolvimento do neocórtex, outro traço distintivo desse grupo. O estudo sobre a evolução dos mamíferos se concentra atualmente no desenvolvimento dos ossos médios do ouvido a partir da articulação da mandíbula dos ancestrais amniotas, junto com a análise da evolução da postura ereta dos membros, do palato secundário, do pelo e do sangue quente.

Definição de "mamífero"

Mandíbulas mamíferas e não mamíferas.
 Na configuração mamífera,
os ossos quadratum e articular são muito menores
 e fazem parte do ouvido médio.
Note que nos mamíferos a mandíbula inferior
consiste apenas do osso dentário.
As espécies de mamíferos atuais podem ser identificadas pela presença nas fêmeas de glândulas mamárias que produzem leite.
Outras características são necessárias para classificar os fósseis, já que as glândulas mamárias e outros tecidos macios não estão disponíveis.
Os paleontólogos então usam uma característica distintiva que é compartilhada por todos os mamíferos viventes (inclusive os monotremados), mas que não está presente em qualquer dos primeiros terapsídeos triássicos ("mamíferos semelhantes a répteis"): os mamíferos usam dois ossos para ouvir que todos os outros amniotas usam para comer. Os mais antigos amniotas tinham a articulação da mandíbula composta pelo osso articular (um pequeno osso na parte posterior da mandíbula inferior) e pelo osso quadratum (um pequeno osso na parte posterior da mandíbula superior). Todos os não mamíferos amniotas usam este sistema, inclusive os lagartos, os crocodilianos, os dinossauros (e seus descendentes, as aves) e os terapsídeos. Mas os mamíferos têm uma articulação da mandíbula diferente, composta apenas pelo osso da mandíbula inferior que carrega os dentes e pelo esquamosal (outro pequeno osso do crânio). E nos mamíferos, os ossos articular e quadratum se tornaram os ossos bigorna e martelo no ouvido médio.
Os mamíferos também possuem um par de côndilos occipitais - eles têm duas saliências na base do crânio que encaixam na vértebra superior do pescoço, enquanto os outros vertebrados possuem apenas um côndilo occipital.Mas os paleontólogos usam apenas a articulação da mandíbula e o ouvido médio como critérios para identificação de fósseis mamíferos, porque seria confuso se eles encontrassem um fóssil que possuísse uma característica, mas não a outra (por exemplo, uma mandíbula e um ouvido mamíferos, mas um côndilo occipital não-mamífero).
Devido às mudanças incrementadas nos fósseis transicionais, afirma-se
Nós talvez façamos novamente a pergunta: "O que é um mamífero?" Onde nós estipulamos o limite entre réptil e mamífero não tem importância biológica. É puramente uma questão de conveniência. Há duas escolhas óbvias, e ambas imediatamente seguem um período de rápida evolução que torna definitiva a quebra que nós esperamos encontrar.

Os ancestrais dos mamíferos

Aqui, uma "árvore genealógica" bastante simplificada. O texto abaixo descreve algumas das incertezas e áreas de debate. 



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Características do Reino Mammalia

  1. Corpo recoberto por pelos, que podem ser bastante reduzidos em alguns.
  2. Tegumento com glândulas sudoríparas, odoríferas, sebáceas e mamárias.
  3. Crânio com dois côndilos occipitais e palato ósseo secundário;ouvido médio com três ossículos (estribo, bigorna, martelo);sete vértebras cervicais (exceto em alguns xenartros ou edentados, e no peixe-boi);ossos pélvicos fusionados.
  4. Boca com dentição difiodonte (dentes de leite ou decíduos substituídos por um conjunto permanente), dentes heterodontes na maioria(variando em estrutura e função);maxila inferior formada por um único grande osso (dentário). 
  5. Pálpebras móveis e orelhas carnudas (pinnae).
  6. Quatro membros (reduzidos ou ausente em alguns) adaptados a diversas formas de locomoção: terrestre,aquática, aérea.
  7. Sistema circulatório composto por um coração com quatro câmaras, aorta esquerda persistente e glóbulos vermelhos anucleados e bicôncavos.
  8. Sistema respiratório contendo pulmões com alvéolos e cordas vocais (laringe); o palato secundário (palato ósseo anterior e continuação posterior de tecido, o palato mole) separa a passagem do ar da passagem de alimento; um diafragma muscular para trocas de ar separa as cavidades torácica e abdominal.
  9. Sistema excretor com rins metanéfricos e ureteres que usualmente se abrem em uma bexiga.
  10. Encéfalo bem desenvolvido, especialmente o neopálio (neocórtex); 12 pares de nervos cranianos.
  11. Endotérmicos e Homeotérmicos.
  12. Cloaca presente apenas em monotremados (uma cloaca rasa aparece nos marsupiais).
  13. Sexos separados, órgãos reprodutores formados por pênis, testículos (usualmente em um escroto,, ovários, ovidutos e vagina;determinação sexual por machos (heterogamética).
  14. Fecundação interna; os ovos desenvolvem-se no útero, com ligação placentária (placenta rudimentar em marsupiais e ausente em monotremados);membranas embrionárias (âmnion, córion e alantóide).
  15. Jovens alimentados através de leite produzido pelas glândulas mamárias.

Equidna, um monotremado
Canguru, um marsupial
Embrião Humano

Pêlos Inconfundíveis

Os pelos são tão característicos dos mamíferos quanto as penas são típicas das aves.Se um animal tem pelos é um mamífero, e se não os tem deve pertencer a algum outro grupo.É verdade que vários mamíferos aquáticos quase não tem pelos (como as baleias, por exemplo), mas é possível encontrá-los, ainda que sob forma vestigial, em alguma parte do corpo dos adultos. Ao contrário das penas das aves, que evoluíram a partir de escamas reptilianas modificadas, o pêlo dos mamíferos é uma estrutura epidérmica completamente nova em termos evolutivos. Os mamíferos utilizam sua pelagem para proteger-se do ambiente, como coloração protetora e camuflagem, para isolar-se da água e flutuar, e também para sinalizações ligadas ao comportamento. Os pelos forma as vibrissas sensíveis do focinho, e ainda os espinhos pontiagudos. Talvez a função mais importante dos pelos dos mamiferos seja o isolamento térmico, que lhes permite usufruir das inúmeras vantagens da homeotermia. Animais homeotérmicos que vivem em todos os climas e em períodos de ausência da luz solar beneficiam-se deste isolamento térmico natural e controlável.
Os pelos são, é claro, apenas um dos diversos itens que caracterizam um mamífero, ajudando-nos a entender a trajetória evolutiva deste grupo.A maioria dos mamíferos apresenta uma placenta desenvolvida, para alimentar o embrião;glândulas mamárias para nutrir o filhote;e um sistema nervoso extremamente avançado, que supera a performance encontrada em qualquer outro grupo animal. No entanto, é pouco provável que, mesmo com esta combinação bem-sucedida de adaptações, os mamíferos pudessem ter sido tão bem-sucedidos se não tivessem pelos.

Ornitorrinco
Peixe-Boi